Ministério da Saúde divulgou lista com cidades em áreas silvestres e rurais mais vulneráveis
Entre dezembro e maio, período do verão, aumentam os casos de transmissão de febre amarela em grande parte do Brasil, sobretudo em regiões silvestres, rurais ou de mata. Por isso, o Ministério da Saúde alerta que essas são áreas onde se recomenda aos moradores e visitantes tomar a vacina contra a doença.
A pasta divulgou uma lista com os locais em que a população deve se imunizar.
As doses são oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No ano passado, mais de 16 milhões de doses foram ofertadas. Todos os estados, nas unidades básicas de Saúde (UBS), estão abastecidos com a vacina contra febre amarela, e o País tem estoque suficiente para atender toda a população nas situações recomendadas.
A vacina é altamente eficaz e segura para o uso, a partir dos nove meses de idade, em residentes e viajantes a áreas endêmicas ou, a partir de seis meses de idade, em situações de surto da doença.
A doença
O vírus da febre amarela se mantém naturalmente num ciclo silvestre de transmissão, que envolve primatas não humanos (hospedeiros animais) e mosquitos silvestres. O Ministério da Saúde realiza a vigilância de epizootias (doenças que atacam animais) desde 1999, com o objetivo de antecipar a ocorrência da doença. Assim, é possível fazer a intervenção oportuna para evitar casos humanos, por meio da vacinação das pessoas e também evitar a urbanização da doença por meio do controle de vetores nas cidades.
Desde os primeiros casos suspeitos em macacos, no estado de São Paulo, no ano passado, o Ministério da Saúde mantém permanente articulação com a vigilância do estado para aplicação de medidas de prevenção e controle adequadas, oferecendo apoio técnico, capacitação de profissionais, suporte a investigações de casos, envio de vacinas. Vale ressaltar que 70% da população da cidade de Ribeirão Preto está vacinada contra a febre amarela.
Os sintomas iniciais incluem febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Por isso, a recomendação ao identificar os sintomas é procurar uma unidade de saúde. Cerca de 20% a 50% das pessoas desenvolvem a forma grave da doença.
Vacinação
A Organização Mundial da Saúde considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No entanto, como pode haver queda na imunidade com o tempo de vacinação, o Ministério da Saúde definiu a manutenção de duas doses da vacina Febre Amarela no Calendário Nacional, sendo o esquema vacinal uma dose aos noves meses de idade com reforço aos quatro anos. Para pessoas de 2 a 59 anos, a recomendação é de duas doses.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde